segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Dou até quatro voltas na fechadura da porta. Chamo o elevador e entro rápido para não ter que ouvir o aviso sonoro quando a porta está mais de 5 segundos aberta. Chego à entrada e cumprimento o porteiro que lava o prédio e continua antipático como sempre. Vejo as pessoas a correrem para o autocarro e para o metro. Mulheres que caminham com crianças carregadas com mochilas. Vejo as horas na paragem de autocarros. Atravesso as ruas sempre da mesma maneira, sempre do mesmo lado. Oiço o barulho irritante dos sinais verdes que avisam as pessoas de que já é permitido pisar as riscas brancas. Chego à Velázquez e vejo as horas na paragem do autocarro. "Estou dentro do tempo". Passo pelo casal de namorados em que a gaja é bisgolha. Quando estou mais atrasada já não os encontro. Chego ao número 46 e o elevador está sempre no 6º andar. Toco à campainha da empresa e abre-me a porta a Nerea. Sou quase sempre a primeira do escritório a chegar por isso tiro a chaves e abro a porta. Acendo a luz, aumento o volume da rádio, tiro os telemóveis, baton do cieiro, lenços e óculos da mala e vou encher a garrafa de água. Ligo o computador e vejo os mails. Chega a Patricia e limpa o escritório e com a falta de jeito dela desarruma tudo.
Pode-se dizer que apenas isto faz parte de uma rotina diária. Tudo o resto é novo e diferente.

1 comentário:

Alexandra Mota Leite disse...

O elevador sempre no 6º andar... É uma SECA!!!

Ha! Ha! Ha!

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