sábado, agosto 30, 2008

Where?

Quais os locais do mundo onde se é mais feliz? O livro The Geography of Bliss, em português, Geografia da Felicidade, retrata a viagem de um homem, que a partir de Roterdão, onde se encontra o maior centro de estudos mundial da felicidade, define o seu itinerário. Escolheu países tais como a Islândia, uma ilha feliz apesar dos longos e penosos Invernos; ou o Butão, terra paupérrima, onde nem sequer existe um único semáforo, mas que é o cume da felicidade. O livro mergulha assim numa mistura de viagens, psicologia, ciência e humor para investigar não o que é a felicidade mas onde ela se encontra.
No ranking dos 10 países mais felizes do mundo encontram-se a Dinamarca, Porto Rico, Colômbia, Islândia, Irlanda, Suíça, Holanda, Canadá e Áustria. Na lista dos 10 menos felizes figuram o Zimbabwe, Arménia, Moldávia, Bielorrússia, Ucrânia, Albânia, Iraque, Bulgária, Geórgia e Rússia.
Numa altura em que para mim é uma necessidade sair do país, a questão impõe-se: para onde? Prometo pensar no assunto.

terça-feira, agosto 19, 2008

Istambul

Chegou ao fim a viagem a Istambul! Devo dizer que me surpreendeu muito pela positiva! Tinha um grande interesse em conhecer a Turquia mas tinha receio da segurança e da massa grande de muçulmanos. Afinal Istambul foi a cidade onde vi mais policias juntos e as pessoas são super simpáticas e afáveis (destaque ao homem que nos deu um turkish delight quando fomos comprar água e à miuda nos jardins do palácio do Tokapki que nos veio dar beijinhos).
Conhecemos não só a parte europeia: mais pobre, turistica e historica; como também a parte asiática: mais rica, moderna e fashion; e também uma das ilhas desertas e paradisiacas, Buyucada. De destacar: os 13 milhões de pessoas que preenchem istambul (são mais que as mães, por isso não podem entrar na UE senão estamos desgraçados), o patriotismo (bandeiras da turquia em todo o lado, todo o lado mesmo), o pesadelo do tráfego automóvel (tem de se ter muito cuidado a atravessar estradas, se bem que eles até no passeio andam, por isso muito cuidado mesmo), a falta de conhecimentos de inglês (a maior parte só sabe dizer "ok"), o cheiro a turco (é tipo cheiro a suor, e eu cheirei a turco todos os dias em que lá estive), o cheiro a milho frito, os gatos na rua, o lixo acumulado (não há caixotes do lixo, as pessoas bem se esforçam em lavar as ruas, mas há sempre aquele cheiro), nós a andarmos com um sapato de cada raça na Bagdada Caddesi (parte fina de Istambul com brutos carroes e lojas tipo armani e louis vitton) e a viagem de barco num domingo até Buyucada ao lado de 4 bichonas, 2 não sei o quê e uma familia tipica de istmbul: a mulher toda tapadinha, o homem da minha vida que usava mangas de cava por baixo da sweat xxl e a filha gorducha que se ria para os gays.
Whirling Dervishes Ceremony (Sema Ceremony):

Uma das cinco chamadas diárias para a reza:

"No panic, no panic" (um taxista nas ruas de istambul no momento em que estávamos a temer pela nossa vida), "very good, very nice" (o homem do primeiro restaurante que só tinha um prato para nos oferecer que era very good very nice), "10 liras and a kiss" (um gajo no grand bazar), "Yussuf" (o nosso eterno amigo do dervish cafe), "fomos comidos" (a frase mais dita pelos portugueses que por lá encontrámos),... Ficam as fotos e as memórias, e a certeza de um dia lá voltar! A cidade é gigantesca, e apesar de termos visto tudo (ou quase tudo) ficou ainda muito por conhecer.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Take 2

Será que eu não aprendo com os meus erros? Porque continuo a pôr o pé na mesma poça e a não conseguir de lá tirá-lo? Porque continuo a querer algo quando acabou de voar das minhas mãos? Porque só faço as coisas quando o prazo já foi ultrapassado? Porque é que o meu pensamento quando encontra algo forte e luminoso se encosta à mesma tecla durante um grande período de tempo? Porque não consigo dar a volta aos meus pensamentos? Assim acabo por passar sempre um mau bocado.

Nove meses HR

Apenas nove meses, mas parece que estava há anos. Os ponteiros demoravam a percorrer o relógio. Para quem nunca tinha trabalhado, não tinha conhecimentos de Outlook e não estava habituada a obrigações e responsabilidades, foi um grande período de aprendizagem. Aprendi que nunca podemos buscar o perfeito mas sim o possível, que não podemos admitir os nossos erros perante as outras pessoas; que a nossa equipa é competente e todas as outras são incompetentes; que devemos realizar as tarefas e calar mesmo se com elas não estivermos de acordo; que devemos trabalhar vinte e quatro horas por dia em sete dias da semana mesmo se do tempo que estivermos no escritório cinquenta por cento seja dispensado em tarefas da empresa; que devemos nos esforçar para fazer sempre o melhor não para que o nosso trabalho seja reconhecido mas por uma questão de consciência e responsabilidade; que devemos sempre buscar a máxima receita mesmo que para isso estejamos a infringir a lei ou a enganar o consumidor; que devemos mostrar ao nosso chefe o melhor de nós mesmo se tivermos de prejudicar o colega de equipa. Por estes motivos decidi sair. Eu, enquanto pessoa, não me encontro neste estilo de vida e de trabalho. Vou guardar estes ensinamentos numa caixinha e esperar nunca ter de a reabrir. Mas não vou fingir que não me custa deixar a empresa. Não só pelo trabalho em si, mas porque foi quase um ano a conviver com as mesmas pessoas diariamente. Os membros das equipas, os colegas do “olá” e do “bom dia”, os países utilizadores do website, os que apenas tive oportunidade de conhecer nos últimos dias, os que não me consideram transparente.

Re-descoberta

Sinto que voltei a ser eu. As minhas tatuagens lunáticas nunca estiveram tão visíveis, mesmo por baixo da roupa. Deixei de as esconder. As...