sexta-feira, março 27, 2009

Chino fotografo

Já foi há algum tempo, mas não poderia deixar de escrever sobre uma das experiências que mais me fez rir. Daquele riso que não conseguimos conter. Aquele riso que tinhamos na infância. Aquele riso que irrita as outras pessoas. Aquele riso de nada e de tudo.
Numa tarde de sexta feira, eu e a sara fomos tirar fotografias para fazer o passe (ou abono). Sabiamos que havia uma loja de fotografias na rua perpendicular à nossa e dirigimo-nos até lá com a certeza de que fariam milagres, e sairiamos optimamente nas fotografias. Assim que entro na loja vejo que o empregado é um chinês. Não sendo racista, nem nada que se pareça, mas um chinês a tirar fotos?! Nunca tinha visto... Mas pensei "Os chineses são aqueles seres que em todas as viagens turisticas tiram cinquenta vezes mais fotos que as outras pessoas, por isso devem ter bastante experiência." Completamente enganadinha...! A primeira a usufruir da experiência profissional do chinês foi a sara. O senhor, sempre com ar muito sério, pediu que se sentasse na cadeira em frente, e qual não é o meu espanto quando se agacha, flete os joelhos a trinta graus, pega numa máquina fotográfica semelhante à que eu tenho em casa, espicha o rabo e mete a máquina em frente da cara. Não aguentei... Comecei-me a rir que nem uma louca. Não conseguia sequer olhar para o homem. Até me vinham as lágrimas aos olhos. A sara, mais contida, teria sido mais feliz se não estivesse na loja. Mal me viu a rir, começou a rir também que nem uma louca. E como se ainda não bastasse as figuras que o chinês estava a fazer decidiu falar... "É a primeira vez que tira uma foto?"... Bem a cada frase que saia daquela boca parece que ainda me fazia rir mais... "Abra os olhos!!"... Um chinês a dizer para abrir os olhos... Nunca visto... Ele ia à rua, bufava, e voltava novamente, e nós continuávamos a rir. Eu virada de costas, e à quinta tentativa, a sara lá conseguiu tirar uma fotografia, que hoje em dia evita mostrar! Quando foi a minha vez, o pior já tinha passado, e consegui à segunda tentativa tirar uma fotografia. Sim, porque como achava que o chinês não estava irritado o suficiente, disse-lhe que não queria a primeira foto porque estava com o cabelo quase nos olhos. Dentro do possível não ficou muito mal, embora a gaja que nos vendeu o passe me tenha cortado quase a cabeça.

segunda-feira, março 23, 2009

É bom voltar a casa. Rever as pessoas que me fazem falta. Contar as histórias que é impossível à distância. Falar a mesma lingua em qualquer lugar. Saborear a comida da mamã. Dormir numa cama grande sem bater constantemente na parede. Não ter de me preocupar com as lides domésticas. Apanhar sol e ver o mar. Jogar futebol na praia.
Adorei, mas ao fim de dois dias já queria voltar. As rotinas são as mesmas. Os móveis não mudaram nem um centimetro. Mas sem dúvida este já não é o meu espaço.

Re-descoberta

Sinto que voltei a ser eu. As minhas tatuagens lunáticas nunca estiveram tão visíveis, mesmo por baixo da roupa. Deixei de as esconder. As...