segunda-feira, setembro 24, 2007

A religião

É algo que desprezo. Algo que evaporou na minha mente. Nem sempre foi assim. Pedia à minha mãe para ir à catequese, ia à missa aos domingos de manhã (sempre com a intenção de ir à pastelaria tomar o pequeno-almoço), aprendi o Pai-nosso e o Ave-maria (a muito custo), fiz promessas das quais ainda hoje são difíceis de me separar. Mas isso foi até ao dia em que perdi os meus avós. Aí percebi. De que adiantava rezar? De que me adiantava cumprir as promessas? As coisas acontecem por si próprias. Apenas nós podemos fazer com que elas se realizem. Apenas nós poderemos alcançar o que desejamos. Ninguém pode ter a responsabilidade pelos nossos erros. Ninguém pode ser venerado quando cumprimos os nossos objectivos. Por isso me faz confusão a fé. Principalmente em pessoas que julgo inteligentes. No entanto, respeito. Nem todos podemos pensar da mesma maneira. Nem todos podemos agir da mesma maneira. E ainda bem que assim é. Somos pessoas diferentes. E a diferença é algo que valorizo.

1 comentário:

Cassiano disse...

Excelente post Lena... comungo da maior parte dos pensamentos que aqui apresentaste.

A fé faz-me confusão. Não consigo perceber como é que se deposita crenças e esperanças em algo que não é palpável e nem sequer sabemos se existe. Acredito sim nos Homens, na capacidade de agir e no livre arbítrio. Somos nós que fazemos o nosso mundo e aquilo que nos rodeia.

Re-descoberta

Sinto que voltei a ser eu. As minhas tatuagens lunáticas nunca estiveram tão visíveis, mesmo por baixo da roupa. Deixei de as esconder. As...