sábado, janeiro 24, 2009

Cheguei há cerca de uma semana a Madrid e se tivesse de contar tudo o que se passou nestes ultimos dias, provavelmente preencheria um livro. Desde o primeiro dia em que a má disposição me fez passar algumas figuras, principalmente em frente ao meu chefe. Às conversas telefónicas no skype e aos consequentes envios de mensagens quando as pessoas não percebiam o meu email. Às visitas a casas com proprietários que atendiam o telefone "si preciosa" e que diziam que quartos de 7 metros quadrados eram "un amplio dormitorio"; ou com o Pierre, que me fez esperar 20 minutos em jejum em frente à Fnac e que depois me deu uma seca de politica, economia e arquitectura que começou no Starbucks. Às vinte vezes por dia em que perguntava na rua "hola, me puede decir donde es la calle ...". À dificuldade em compreender os menus do Frescos. Ao nigeriano na casa da Patricia que passeava descalço e que não gostava de nada a não ser a sua musica nigeriana. À Veneta, ou lá será como ela se chama, que aprendeu depressa o bom calão português. Ao gajo do taxi que disse que eu era uma pessoa muito forte. À senhora do restaurante que me guardou a comida no prato enquanto fui visitar uma casa. À drogada nas escadas do hostal. Aos últimos quatro dias.
Neste momento continuo à procura da casa ideal, embora receie que ela possa não existir. O tempo escasseia e segunda já começo a trabalhar. Preciso de tirar a roupa da mala e começar a comer comida decente, não só fast foods.

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Re-descoberta

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